O hiper-realismo é um estilo de arte que se iniciou no fim dos anos 60 nos Estados Unidos. As pinturas chegam tão perto do real que é como se uma fotografia estivesse sendo vista. No caso das esculturas, um artista que me impressionou bastante é John de Andrea. De Andrea é conhecido por projetos extremamente realistas em polivinil e policromado em óleo da figura humana. Desde os anos 60 seu trabalho vem causando perplexidade junto ao público e crítica, fato ligado ao extremo naturalismo e realismo conseguido através de uma técnica de grande qualidade.
Assisti ao filme 'Na Natureza Selvagem',que conta a história real de Christopher Johnson McCandless. McCandless após se formar na faculdade doa seu dinheiro e sai pelos Estados Unidos como um andarilho para se afastar da sociedade e de seus pais, que são considerados por ele como materialistas, hipócritas e mentirosos, passando a se autodenominar Alex Supertramp. Ele começa a se preparar para uma viagem ao Alasca, onde pretende passar uma temporada lá para viver naturalmente. Durante esse tempo de “preparo”, em suas viagens ele conhece várias pessoas, lugares e histórias diferentes. Alex vai para o Alasca e passa a viver em um ônibus abandonado. Com o passar do tempo ele vai emagrecendo, ficando fraco e sem comida. Para matar a fome ele comeu algumas frutinhas, mas descobriu depois que eram venenosas. Por causa de sua fraqueza e ingestão dessas frutinhas venenosas, Alex acabou falecendo.
O que surpreende na história desse garoto é o pensamento que ele tem a respeito da vida e da sociedade que nos cerca, de como ele vai contra o sistema capitalista e abdica do dinheiro e do conforto para viver naturalmente. Como estamos inseridos em uma sociedade que preza o consumo e o trabalho e já estamos completamente adaptados com esse estilo de vida, quando vemos alguém indo ao contrário do que é considerado normal, ficamos chocados. Um outro fato que chama atenção é o fato de que durante todos os anos que ele passa fora de casa, ele não mantém nenhum tipo de contato com seus familiares. Deixando-os completamente na ignorância sobre seu paradeiro. Isso mostra o tanto que ele ficou traumatizado com o jeito que seus pais se tratavam, com as brigas entre eles, e de como eles realmente se conheceram. O que mostra o tanto que uma pessoa é influenciada pelas relações entre os familiares.
A foto abaixo mostra o real Christopher McCandless. Ele mesmo tirou a foto enquanto estava no ônibus no Alasca.
'Rise' de Eddie Vedder é uma das músicas que compõem a trilha sonora do filme. Escutem e se inspirem para assisti-lo.
Nome: A Morte de Ivan Ilitch
Autor: Lev Tolstói
Editora: Editora 34
Páginas: 96 (total)
Eu tenho o costume de ir à biblioteca locar livros para ler, e lá sempre tem um lugar de livros indicados da semana com determinado tema. Da última vez que fui, os livros indicados eram de autores que, segundo os professores, temos que ler pelo menos alguma vez na vida. Assim, tinha livros de Tolstói, Dostoiévski e George Orwell por exemplo. Fiquei interessada no livro Guerra e Paz de Tolstói, mas como ele é extremamente grande e eu não conhecia a escrita do autor, resolvi pegar um livro menor dele para ver se era um tipo de leitura fácil ou mais complexa. E foi assim que surgiu ‘A Morte de Ivan Ilitch’ na minha frente.
A Morte de Ivan Ilitch é um livro escrito por Lev Tolstói, que se passa na Rússia Czarista. Ele conta a história de Ivan Ilitch, um burocrata que passa sua vida inteira achando que se deve viver de forma “leve, agradável, alegre e sempre decente e aprovada pela sociedade”. Por achar que uma vida boa e desejável é justamente aquela que vai de acordo com o lema, Ilitch é focado no trabalho e se casa com Prascóvia Fiódorovna por conveniência. Ao conseguir um melhor cargo, ele vai tocando sua vida estável e confortável, mesmo vendo que a vida de casado não era nada como ele imaginara. Um dia uma doença grave o surpreende e, ao ver que está morrendo, começa a reparar mais em sua própria vida e do jeito que ele a viveu. Ele viveu da forma que julgava ser correta e agradável, mas no fim das contas viu que o que ele vivia não era felicidade: teve uma vida rasa e um casamento infeliz. Começou a reparar na vida fútil e vazia da família e nas relações de interesse que o cercavam. O livro mostra a decadência e o desespero de um homem tanto fisicamente como mentalmente.
Tolstói
A repercussão do livro na Rússia foi boa, considerada por muitos como uma obra de destaque, uma “obra máxima” da literatura russa. Segundo Paulo Rónai, muitos críticos consideram "A Morte de Ivan Ilitch" como "a novela mais perfeita da literatura mundial. Para mim, não teve tanto destaque assim. É uma leitura fácil e rápida (é uma novela de 76 páginas), mas nada que tenha me maravilhado. Indico para quem tem curiosidade sobre a Rússia Czarista (mas o livro não aprofunda muito nisso) e quer uma leitura leve.
Outras considerações sobre o livro:
Quando comecei a ler o livro, logo na primeira página já me assustei com os nomes de alguns personagens, já que são russos. Me deparei com os seguintes nomes já de cara: Mielvínski, Ivan Iegórovitch Chebek, Fiódor Vassílievitch, Piotr Ivânovitch e Prascóvia Fiódorovna Golovina.
Em algumas páginas, personagens eram chamados pelo diminutivo, e no rodapé vinha falando de qual nome era aquele diminutivo. Se não viesse falando nada no rodapé eu não teria entendido de quem se tratava. Exemplo: Vânia= diminutivo de Ivan; Volóvia= diminutivo de Vladímir; Kátienka= diminutivo de Iecatierina (Catarina).
Gosto de ver outras capas para o mesmo livro, então aqui vai algumas:
O livro que indico é “Persépolis” de Marjane Satrapi. Para quem gosta de conhecer novas culturas e de quadrinhos, essa é uma ótima pedida. O livro tem como personagem principal a própria autora, Marjane Satrapi, que conta em forma de graphic novel sua vida desde a infância à vida adulta.
A história começa em 1980 no Irã, quando Marjane tinha 10 anos. Ela vê a queda do Xá (imperador) da época, e depois se encontra em um regime controlado totalmente por uma república Islâmica. Ela viu seu país em uma repressão religiosa, e em guerras constantes. Perdeu amigos, familiares e até a liberdade. Mas vale saber que ela cresceu em uma família politizada e com posses. Para viver mais livremente foi mandada pelos seus pais aos quatorze anos para morar praticamente sozinha na Áustria, o que não foi um paraíso...
Ao ler o livro, percebi o quanto culturas são diferentes entre si. Me impressionou o jeito que as pessoas são reprimidas em outros países, e têm poucos direitos, principalmente as mulheres. Dá para conhecer mais sobre os costumes iranianos e o comportamento que as pessoas tinham - ou têm.
No começo foi meio difícil começar a me encaixar na história, isso porque eu não tenho muito conhecimento sobre os países e povos da região. No início do livro tem uma introdução que explica rapidamente a história de lá, mas mesmo assim dei uma pesquisada para entender mais. Antes de começar a ler eu nem sabia que o Irã era conhecido como a Pérsia que tanto ouvimos falar na escola, e que ‘Xá’ é o mesmo que imperador. O título do livro é uma referência à antiga capital do império persa, Persépolis.
Enquanto narra sua história, Marjane cita uma música que costumava ouvir que é bem legal: Kids in America de Kim Wilde. Resolvi colocar ela aqui:
Muito legal essa música, quando se começa a ouvir, acaba se ouvindo várias outras vezes.
Para quem não sabe, Persépolis na verdade foi escrito em quatro partes. O livro que tem a capa laranja da Cia. das Letras é a junção dessas quatro partes, ou seja, a versão completa.
Observem a seguinte foto: Dias atrás uma pessoa me mostrou essa foto e pediu para eu ver o que tinha “por trás” dela. Confesso que eu demorei para perceber do que realmente se tratava. E aí, já conseguiram ver que tem algo de inusitado nela? Quem conseguiu ver um corpo de mulher pintado, parabéns! Essa pintura corporal foi feita por um artista italiano chamado Johannes Stötter. Ele costuma fazer diversas pinturas corporais com temas diferentes e chega a levar hoooras para terminar. Quantas pessoas você vê nessa imagem? Acertou se conseguiu achar 5 pessoas ! Peguei outra foto direto do site dele para mostrar aqui. Legal né?